quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Acontece(Cartola)

Esquece nosso amor vê se esquece

Porque tudo no mundo acontece

E acontece que já não sei mais amar

Vai chorar vai sofrer E você não merece

Mas isso acontece

Acontece que meu coração ficou frio

E nosso ninho de amor está vazio

Se eu ainda pudesse fingir que te amo

Ai se eu pudesse

Mas não quero, não devo fazê-lo

Isso não acontece

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Vim para adorar-te

Vim Para Adorar-Te
Adoração e Adoradores
Composição: Indisponível

Luz do mundo vieste à terra
para que eu pudesse te ver
Tua beleza me leva a adorar-te
quero contigo viver
Vim para adorar-te vim para prostrar-me
vim para dizer que és meu Deus
és totalmente amável totalmente digno
tão maravilhoso para mim
Eterno Rei exaltado nas alturas
glorioso nos céus
Humilde vieste a terra que criaste
por amor pobre se fez
Vim para adorar-te vim para prostrar-me
vim para dizer que és meu Deus
és totalmente amável totalmente digno
tão maravilhoso para mim
Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz
Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz
Eu nunca saberei o preço dos meus pecados lá na cruz...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Apelo


Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa da esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relanceno espelho.


Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.


E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - meu jeito de querer be,. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.


(In: Alfredo Bosi(org.). O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix/Edusp, 1975. p.190.)


Escreva uma carta em que você é a Senhora que saiu de casa, relatando porque se foi, onde e como está e se pretende voltar. Dê asas a sua imaginação!

Uma família

Imagine a seguinte cena:

Uma família(pai, mãe, uma filha de 6 anos, um bebê de 7 meses, um filho de 15 anos) dentro de um carro não muito novo, indo à praia; um calor infernal de verão, uma chuva forte que obriga os passageiros a fecharem os vidros. O bebê faz cocô e o cheiro se espalha; a menina deixa o refrigerante cair no colo do irmão. O bebê começa a chorar, o filho de 15 anos da um tapa na irmã. A situação fica tensa e inicia-se uma discussão familiar.

Escreva um texto que reproduza essa cena, tentando mostrar a tensão criada pelo espaço em que as personagens se encontram.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Madredeus

Haja o que houver

haja o que houver
eu estou aqui
haja o que houver
espero por ti
volta no vento
ó meu amor
volta depressapor favor

há quanto tempo
já esqueci
porque fiquei
longe de ti
cada momento
é pior
volta no vento
por favor

eu sei, eu sei
quem és para mim
haja o que houver
espero por ti

Esta letra foi retirada do site www.letrasdemusicas.com.br
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Rosas


As Rosas Não Falam

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminado o verão
Enfim
Volto ao jardim
Na certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim
Queixo-me às rosas
Mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai
Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas os meus sonhos
Por fim
Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas os meus sonhos
Por fim.
(Cartola)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O silêncio de Cristo



O silêncio de Cristo

Por Autor anônimo



Uma antiga lenda norueguesa narra este episódio sobre um homem chamado Haakon, que cuidava de uma ermida à qual muita gente vinha orar com devoção. Nesta ermida havia uma cruz muito antiga, e muitos vinham ali para pedir a Cristo que fizesse algum milagre.



Certo dia, o eremita Haakon quis também pedir-lhe um favor. Impulsionava-o um sentimento generoso. Ajoelhou-se diante da cruz e disse:
– Senhor, quero padecer por vós. Deixai-me ocupar o vosso lugar. Quero substituir-vos na Cruz.
E permaneceu com o olhar pendente da cruz, como quem espera uma resposta.
O Senhor abriu os lábios e falou. As suas palavras caíam do alto, sussurrantes e admoestadoras: - Meu servo, cedo ao teu desejo, mas com uma condição.
– Qual é, Senhor?, Perguntou com acento suplicante Haakon. É uma condição difícil? Estou disposto a cumpri-la com a tua ajuda!
– Escuta-me: Aconteça o que acontecer, e vejas tu o que vires, deves guardar sempre o silêncio. Haakon respondeu: - Prometo-o, Senhor!
E fizeram a troca sem que ninguém o percebesse. Ninguém reconheceu o eremita pendente da cruz; quanto ao Senhor, ocupava o lugar de Haakon.
Durante muito tempo, este conseguiu cumprir o seu compromisso e não disse nada a ninguém. Certo dia, porém, chegou um rico. Depois de orar, deixou ali esquecida a sua bolsa. Haakon viu-o e calou. Também não disse nada quando um pobre, que veio duas horas mais tarde, se apropriou da bolsa do rico. E também não quando um rapaz se prostrou diante dele pouco depois para pedir-lhe a sua graça antes de empreender uma longa viagem.
Nesse momento, porém, o rico tornou a entrar em busca da bolsa. Como não encontrasse, pensou que o rapaz se teria apropriado dela; voltou-se para ele e interpelou com raiva:
– Dá-me a bolsa que me roubaste!
O jovem, surpreso, replicou-lhe:– Não roubei nenhuma bolsa!
– Não mintas; devolve-ma já!
– Repito que não apanhei nenhuma bolsa!
O rico arremeteu furioso contra ele.
Soou então uma voz forte: - Pára!
O rico olhou para cima e viu que a imagem lhe falava. Haakon, que não conseguiu permanecer em silêncio diante daquela injustiça, gritou-lhe, defendeu o jovem e censurou o rico pela falsa acusação. Este ficou aniquilado e saiu da ermida. E o jovem saiu também porque tinha pressa para empreender a sua viagem.
Quando a ermida ficou vazia, Cristo dirigiu-se ao seu servo e disse-lhe:
– Desce da Cruz. Não serves para ocupar o meu lugar. Não soubeste guardar silêncio.
– Mas, Senhor, como podia eu permitir essa injustiça?Trocaram de lugar. Cristo voltou a ocupar a cruz e o eremita permaneceu diante dela.
O Senhor continuou a falar-lhe:
– Tu não sabias que era conveniente para o rico perder a bolsa, pois trazia nela o preço da virgindade de uma jovem. O pobre, pelo contrário, tinha necessidade desse dinheiro e fez bem em levá-lo; quanto ao rapaz que ia receber os golpes, as suas feridas o teriam impedido de fazer a viagem que, para ele, foi fatal: faz uns minutos que o seu barco acaba de soçobrar e que ele se afogou. Tu também não sabias isto; mas eu sim. E por isso me calo.
E o Senhor tornou a guardar silêncio.
Muitas vezes nos perguntamos por que Deus não nos responde. Por que Deus se cala? Muitos de nós quereríamos que nos respondesse o que desejamos ouvir, mas Ele não o faz: responde-nos com o silêncio. Deveríamos aprender a escutar esse silêncio.
O Divino Silêncio é uma palavra destinada a convencer-nos de que Ele, sim, sabe o que faz. Com o seu silêncio, diz-nos carinhosamente:
“Confia em mim, sei o que é preciso fazer!”